275. A Espanha e sua guerra
«[…] Quarenta e oito igrejas e outras instituições religiosas foram incendiadas. Trabalhadores bêbados dançaram como maníacos pelas ruas com os cadáveres desenterrados de freiras. […]» p. 29 - Primeiros problemas da Segunda República Espanhola (1931-39); distúrbios anticlericais em Barcelona.
«Politicamente, desde os começos da Idade Média pelo menos, a Assembléia, composta de representantes de todos os homens maiores de vinte e um anos, reunia-se à sombra de um carvalho em Guernica, Biscaia. Ali o monarca, ou, mais comumente, o seu representante, juraria respeitar os direitos dos biscainhos.» - p. 73.
Ambos os trechos foram extraídos d’«A Guerra Civil Espanhola», de Hugh Thomas, Editado pela Civilização Brasileira em 1964.
O primeiro trecho, transcrevi-o por mera singularidade do acontecimento, embora entendendo seus motivos; mas me pareceu excessivamente bizarro; tipicamente coisa de bêbado, um protesto mais-que-bem-feito. Aplaudo de pé.
O segundo, ao contrário, deu-me alguma satisfação extra, daquelas «quando as coisas se encaixam», dando aquele estalinho agradável do encaixe a molas e trancas. A árvore de Guernika (Gernikako Arbola) agora sim, faz todo sentido. À primeira audição, imaginei que fosse algo relacionado ao covarde bombarbeio da cidade vasconça pela Legião Condor da Luftwaffe, em 1937; não, é anterior: a música remete ao século XIX, mas não imaginei que a árvore de Guernica realmente existisse como facto concreto. Imaginei-a uma figura de linguagem, obscura para mim, por certo. O bardo José María Iparraguirre fez a música aludindo à liberdade do povo basco e usando o célebre qüerco como símbolo.
N. B.: embora meu inglês seja absolutamente deficiente (mea culpa), o livro parece-me mal traduzido; opinião intuitiva.
P. S.: é uma ótima opção a Wikipédia. Assim se amarram os assuntos.
2 Comentários:
Machadada na Wikipédia!
Wikipédia faz bem... não faz?
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