212. Companhia Carioca de Trens Metropolitanos?
Depois de alguns meses usando somente os ônibus, voltei de mala-e-cuia para o transporte metroviário, mais rápido e menos desgastante; ganhei meia-hora de sono de verdade, visto que fui para o ônibus, pois ali poderia fazer o trajecto todo sentado e tècnicamente cochilando, mas os autocarros andam extremamente lotados e volta-e-meia essa gente que sai de casa propensa a sarilhos arruma um, coisa da qual sou mordaz inimigo. Voltei ao metrô, ao trem metropolitano, o chiadinho do trem a chegar na estação, vibrando os trilhos e, sobretudo, a já mencionada rapidez e o ganho no tempo de sono.
Além da linha 3 do metrô – a antiga Leste-Oeste – faço uso de duas linhas dos trens metropolitanos, a B (Júlio Prestes — Amador Bueno) e a C (Osasco — Jurubatuba); a B está razoável, mas precisa melhorar aïnda; digo isso visto que há quinze anos os nossos trens eram inutilizáveis, hoje até surpreendem, a melhoria geral nota-se desde que uniram-se as linhas sob a égide da estatal Estadual Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a nota CPTM, pois antes as três companhias que as administravam - a velha Ferrovias Paulistas S. A. (Fepasa), do Estado, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Rede Ferroviária Federal S. A. (RFFSA), ambas Federais - faziam delas o caos.
A linha C atende pràticamente toda a extensão da Marginal do rio Pinheiros e tornou-se um exemplo de limpeza nos trens e condições gerais, enfim, uma linha como deveriam ser todas as outras.
Porém, há um detalhe, que pelo que pude perceber, não intriga só a mim: o anúncio das estações, assim como na linha 2 do Metrô, é feito de forma automatizada, ou seja, não é o conductor da composição que anuncia as estações, mas sim uma gravação. O porém não é a gravação em si, mas o acento da locutora, principalmente quando se chega à estação Cidade Universitária, que é anunciada estação Cidade Universitária, acesso à Ponte ORCA à estação Vila Madalena do Metrô; e nos erres que fecham sílaba como em Universitária e Orca, há um erre aspirado no lugar do habitual (para nós paulistanos) erre simples (o chamado em Fonética de flap, se não me falha a memória).
Totalmente aceitável se a ferrovia ficasse em Minas, no Rio de Janeiro ou em algum lugar do Norte do Païs, em São Paulo chama muito a atenção; já ouvi pessoas, dentro do trem, comentando da gravação e até com risadinhas irônicas. O que acho é que, a CPTM deveria refazer as gravações de acordo como falamos nós cá, na nossa cidade. Se se tratasse de uma ferrovia que cortasse o Païs de norte a sul, entender-se-ia plenamente, mas não é o caso, é uma linha que vai de Osasco (certamente dentro da mesma área lingüística de São Paulo) até Jurubatuba, na zona Sul do Município da Capital, então, nada mais justo que a gravação corresponda ao nosso sotaque; a gravação actual causa comicidade não por preconceito, mas por absoluta diatopia, é algo somente fora de contexto.
Aïnda em tempo: o sítio da CPTM tem uns papéis de parede interessantes; para quem se interessa, não ficam tão maus no ecrã.
Além da linha 3 do metrô – a antiga Leste-Oeste – faço uso de duas linhas dos trens metropolitanos, a B (Júlio Prestes — Amador Bueno) e a C (Osasco — Jurubatuba); a B está razoável, mas precisa melhorar aïnda; digo isso visto que há quinze anos os nossos trens eram inutilizáveis, hoje até surpreendem, a melhoria geral nota-se desde que uniram-se as linhas sob a égide da estatal Estadual Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a nota CPTM, pois antes as três companhias que as administravam - a velha Ferrovias Paulistas S. A. (Fepasa), do Estado, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Rede Ferroviária Federal S. A. (RFFSA), ambas Federais - faziam delas o caos.
A linha C atende pràticamente toda a extensão da Marginal do rio Pinheiros e tornou-se um exemplo de limpeza nos trens e condições gerais, enfim, uma linha como deveriam ser todas as outras.
Porém, há um detalhe, que pelo que pude perceber, não intriga só a mim: o anúncio das estações, assim como na linha 2 do Metrô, é feito de forma automatizada, ou seja, não é o conductor da composição que anuncia as estações, mas sim uma gravação. O porém não é a gravação em si, mas o acento da locutora, principalmente quando se chega à estação Cidade Universitária, que é anunciada estação Cidade Universitária, acesso à Ponte ORCA à estação Vila Madalena do Metrô; e nos erres que fecham sílaba como em Universitária e Orca, há um erre aspirado no lugar do habitual (para nós paulistanos) erre simples (o chamado em Fonética de flap, se não me falha a memória).
Totalmente aceitável se a ferrovia ficasse em Minas, no Rio de Janeiro ou em algum lugar do Norte do Païs, em São Paulo chama muito a atenção; já ouvi pessoas, dentro do trem, comentando da gravação e até com risadinhas irônicas. O que acho é que, a CPTM deveria refazer as gravações de acordo como falamos nós cá, na nossa cidade. Se se tratasse de uma ferrovia que cortasse o Païs de norte a sul, entender-se-ia plenamente, mas não é o caso, é uma linha que vai de Osasco (certamente dentro da mesma área lingüística de São Paulo) até Jurubatuba, na zona Sul do Município da Capital, então, nada mais justo que a gravação corresponda ao nosso sotaque; a gravação actual causa comicidade não por preconceito, mas por absoluta diatopia, é algo somente fora de contexto.
Aïnda em tempo: o sítio da CPTM tem uns papéis de parede interessantes; para quem se interessa, não ficam tão maus no ecrã.
3 Comentários:
sarilhos. adoro essa palavra.
Sei não. Sugiro um referendo entre os usuários, acerca do sotaque a ser escolhido entre (lista meramente especulativa):
- brasileiro de Cabrobó.
- brasileiro de Rio Verde.
- brasileiro carcamano.
- brasileiro bahiano.
- brasileiro caldense.
- brasileiro zédirceu.
Dani,
Eu também, eu também.
Zecamérico,
Qualquer coisa eu admito, agora, esculhambação com a última flor do Lácio, não!
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