209. Finiseptimanais
Retórica incortonável
O senhor João foi à agência Banco Ceausescu, na sede do município, para fechar sua conta bancária inativa.
— Tarde. – cumprimentou sôr Jão.
— Bas-tarde! – devolveu o atendente. Tudo bão co’ vosmecê, nhô Jão?
— Tudo; antonces, eu vim fechá a minha conta bancária.
— Mas, sôr Jão, por que?
— Ói, rapaz, é mió ’cê num discuti, eh?
— Mas, nhô Jão, o banco tem atendido vosmecê tão bem esses ano todo, mas cas-de-quê vosmecê qué fechá a conta?
— Ocê num arrepare não, Filozinho, ocê sabe qu’eu te conheço desde quand’ocê era desse tamanhico; antonces ocê num discute e fecha a conta pra mim, faz favor.
— Sôr Jão! Vosmecê qué um café…? Só num arrepare que é copo de plástico, as xícara tão tudo prá lavá… antonces, eu poss’ lhe dá um bão dum desconto na taxa de manutenção da conta, o que que vosmecê acha, hem? - completou Filozinho todo bonacheirão.
— Filozinho, já te disse que não; eu preciso de fechá a conta e eu tenho uns argumento irrefutável…
— Mas é, nhô Jão? E quis argumento são esses?
Seu João tirou da sua bolsa de couro um pedaço de pau duns 50 centímetros, largo, com um escrito em tinta preta: «retórica». Girou-o no ar, qual fosse uma clava.
— É, nhô Jão, aqui ’tá o termo d’encrerramento…
Pelo novo estatuto de autonomia da Catalunha:
No és això, companys, no és això,
ni paraules de pau amb garrots,
ni el comerç que es fa amb els nostres drets,
[...]
Não é assim, camaradas, não é assim,
nem palavras de paz com garrotes,
nem o comércio que se faz com os nossos direitos,
[...]
(Companys, no és això, Lluís Llach)
1 Comentários:
a sérvia, meu deus, vc é a sérvia...
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