quinta-feira, março 16

276 bis. Um ponto de vista valenciano

Publico aqui a tradução do comentário feito pelo Miquel, do Eines de llengua, sobre a questão do desconhecimento sobre a Espanha (postagem 276). Confesso, Miquel, que as suas afirmações deixaram-me um pouco surpreso. Traduzo, porque o inglês anda a cegar os lusófonos de ultramar. Mas vamos lá; primeiro o texto em português e mais abaixo, a versão original em catalão.

A situação que descreves, Sérgio, podemos encontrá-la no próprio Estado Espanhol, por exemplo, principalmente na região da Castela. Seja com a impostura ou por sinceridade, há pessoas que demonstram incredulidade e surpresa ao inteirar-se que existem «espanhóis» que não falam espanhol durante meses – como eu próprio – e que mesmo assim vivem tranqüilamente. Às vezes dizem ter a impressão que assim fazemos apenas para molestá-los…

Assim, pelas «regiões subsidiariamente espanholas» usamos passivamente o espanhol no dia-a-dia: quando estabelecemos um diálogo em duas línguas com hispanófonos que entendem – porém não falam – as nossas outras línguas – fato habitual onde o catalão é oficial: Catalunha, País Valenciano e Ilhas Baleares [e Andorra, estado independente] – ou quando usamos os meios de comunicação em espanhol (ocorre algo similar em outros territórios onde o catalão é língua própria: Aragão, Múrcia e Alghero [Itália]).

Quem pensa que a Espanha é uniforme cultural ou lingüisticamente, é porque não conhece realmente a Espanha ou porque consome excessivamente a propaganda gerada a partir dos centros de difusão da «hispanicidade mal entendida», que têm uma longa tradição acultural e antidemocrática nos centros do poder estatal (e derivados).

La situació que descrius, Sérgio, la podem trobar a l'estat espanyol mateix, per exemple, cap a la banda de Castella. Siga com a impostura o sincerament, hi ha persones que mostren incredublitat i sorpresa en assabentar-se que hi ha «espanyols» que no parlen en espanyol durant mesos --com jo mateix-- i que viuen tan tranquil·lanent. A voltes diuen que els sembla que ho fem només per molestar...
Això sí, pels «països subsidiàriament espanyols» usem passivament l'espanyol quotidianament: quan establim un diàleg en dos llengües amb hispanoparlants que entenen --però no parlen-- les nostres altres llengües --fet habitual als territoris on el català és oficial: Catalunya, País Valencià i Illes Balears [i Andorra, estat independent]-- o quan usem els mitjans d'informació en espanyol. (S'esdevé una cosa semblant a altres territoris on el català és llengua pròpia: Aragó, Múrcia i l'Alguer [Itàlia].)
Qui pense que Espanya és uniforme culturalment o lingüísticament, és que no coneix Espanya realment o que consumix massa propaganda generada des dels centres de difusió de l'«espanyolitat mal entesa», que tenen una llarga tradició acultural i antidemocràtica en els centres del poder estatal (i derivats).


3 Comentários:

Blogger Jeferson Ferreira disse...

ai, ai, ai, ai... eu acho é q vc tem q acabar com essas esquisitices lingüísticas...

quinta-feira, março 16, 2006 9:29:00 da tarde  
Blogger Sérgio disse...

Que vou fazer? Tenho água do Atlântico e do Mediterrâneo nas minhas veias.

sexta-feira, março 17, 2006 1:02:00 da tarde  
Blogger Miquel Boronat Cogollos disse...

No sé què són les «exquisideses lingüístiques» que comenta Jefferson Ferreira, però per no crear-ne una d'indeguda t'assenyale que vaig cometre una errada en la paraula «incredublitat», paraula inexistent, i que és realment «incredulitat». T'ho comente per no sorprendre't més del compte, Sérgio. Moltes gràcies per l'excel·lent traducció.

terça-feira, março 21, 2006 5:43:00 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home