Irene
Irene
(L. Llach)
No, no he volgut pintar
el teu cabell llarg
ni les teves mans.
Ni el teu cos, que he envoltat
d'ones que he robat
al mar abrivat.
No, no he volgut pintar
aquest despertat
serè, deslliurat.
Ni el primer cant d'ocell
que ens acosta el vent
abans de l'adéu.
I ara que el temps se m'emporta
i em tanques la porta
per on vaig entrar,
no, no vull recordar
ni la teva imatge
ni les teves mans,
No, no em puc aturar
i mirar la vida
des del finestral.
No, no vull trepitjar
fulles que em recorden
el teu caminar.
No, ja no vull tornar
al camí que em porta
a la teva llar.
I ara que queda enrera
aquella drecera
per on vam passar,
no, no vull recordar
ni la teva imatge
ni les teves mans.
No, no em puc aturar
i mirar la vida
des del finestral.
Irene
Não, eu não quis pintar
teus cabelos longos
nem as tuas mãos.
Nem o teu dorso, que envolvi
de ondas que roubei
do mar agitado.
Não, eu não quis pintar
este despertar
sereno, liberto.
Nem o primeiro canto de pássaro
que nos traz o vento
antes do adeus.
E agora que o tempo se me vai
e me fechas a porta
por onde vais entrar,
não, não quero me lembrar
nem da tua imagem
nem das tuas mãos.
Não, não posso suportar
e olhar a vida
desde o vitrô.
Não, não quero pisar
folhas que me lembrem
do teu caminhar.
Não, já não quero voltar
ao caminho que me leva
ao teu lar.
E agora que fica pra trás
aquele atalho
por onde passamos,
não, não quero me lembrar
nem da tua imagem
nem das tuas mãos.
Não, não posso suportar
e olhar a vida
desde o vitrô.
(L. Llach)
No, no he volgut pintar
el teu cabell llarg
ni les teves mans.
Ni el teu cos, que he envoltat
d'ones que he robat
al mar abrivat.
No, no he volgut pintar
aquest despertat
serè, deslliurat.
Ni el primer cant d'ocell
que ens acosta el vent
abans de l'adéu.
I ara que el temps se m'emporta
i em tanques la porta
per on vaig entrar,
no, no vull recordar
ni la teva imatge
ni les teves mans,
No, no em puc aturar
i mirar la vida
des del finestral.
No, no vull trepitjar
fulles que em recorden
el teu caminar.
No, ja no vull tornar
al camí que em porta
a la teva llar.
I ara que queda enrera
aquella drecera
per on vam passar,
no, no vull recordar
ni la teva imatge
ni les teves mans.
No, no em puc aturar
i mirar la vida
des del finestral.
Irene
Não, eu não quis pintar
teus cabelos longos
nem as tuas mãos.
Nem o teu dorso, que envolvi
de ondas que roubei
do mar agitado.
Não, eu não quis pintar
este despertar
sereno, liberto.
Nem o primeiro canto de pássaro
que nos traz o vento
antes do adeus.
E agora que o tempo se me vai
e me fechas a porta
por onde vais entrar,
não, não quero me lembrar
nem da tua imagem
nem das tuas mãos.
Não, não posso suportar
e olhar a vida
desde o vitrô.
Não, não quero pisar
folhas que me lembrem
do teu caminhar.
Não, já não quero voltar
ao caminho que me leva
ao teu lar.
E agora que fica pra trás
aquele atalho
por onde passamos,
não, não quero me lembrar
nem da tua imagem
nem das tuas mãos.
Não, não posso suportar
e olhar a vida
desde o vitrô.
1 Comentários:
Porra, ninguém se dignou a escrever nada? Néscios!
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