terça-feira, julho 12

A América do Sul de pernas abertas

Perdão pelo meu vulgarismo, mas foi assim que me senti há poucos instantes – e continuo a me sentir – quando recebi uma mensagem do amigo Samuel, que o Paraguai concederá a tão almejada imunidade diplomática que pediam os estadunidenses (e que nós e a Argentina continuámos a nos recusar a dar), e a instalação da primeira base dos EUA na América do Sul em Mariscal Estigarribia, próximo da fronteira com a Bolívia e a 700 km de Foz do Iguaçu e da Usina de Itaipu. A decisão do Governo Paraguaio abre perigoso precedente, visto que os EUA não são um país confiável.
Será dado a eles a permissão transitar com tropas e equipamentos pelo território paraguaio sem prévia autorização de Assunção, além dos órgãos judiciários paraguaios não poderem julgar delitos cometidos pelas tropas no território de sua jurisdição. Ou seja, se aprovado o acordo, logo (não de jure, mas de facto) faremos fronteira com os EUA, justo em pontos vitais: as vias navegáveis do rio Paraná e a Usina de Itaipu. O Império Americano, apesar das previsões de seu declínio a longo prazo, tentará – talvez pela força – de manter sua influência econômica – e militar? – até quando não for mais possível sobre o seu quintal latino.

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1 Comentários:

Blogger Érico disse...

O governo paraguaio, pelo que li nas folhas, apressou-se em desmentir a tal da base. Isto eh, ela jah estah instalada. E concordo integralmente com o marques: venderia-a, a alma brasileira (alias ha uma bela peca de Villa-Lobos com esse nome), a algum megaconglomerado de cervejarias chinesas e comunistas.

quinta-feira, julho 14, 2005 5:01:00 da manhã  

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